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Crítica | Beleza Oculta – Quando a beleza nem sempre aparece

Considerado um ator de sucesso, Will Smith sempre nos impressiona com suas atuações nos filmes, mas o mar nem sempre é de rosas. Beleza Oculta (Collateral Beauty) estreou nos cinemas brasileiros e mesmo estando já a alguns dias no circuito nacional, resolvemos escrever sobre essa obra.

No filme, Howard Inlet (Will Smith) é um empresário de sucesso que após a morte de sua única filha perde a esperança na beleza da vida. Com raiva por ter perdido algo, ele escreve cartas para as abstrações Morte (Helen Mirren), Tempo (Jacob Latimore) e Amor (Keira Knightley) condenado suas atitudes e formas que resolvem a vida dos humanos. Deixando tudo de lado e sem se preocupar com o futuro da empresa, Howard, está abeira de um precipício profissional. Preocupados com isso, os três “amigos” Claire (Kate Winslet), Whit (Edward Norton) e Simon (Michael Peña) procuram uma maneira de ajudar seu amigo e mentor, mas não da forma mais convencional e apenas por motivos próprios.

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Apesar de possuir um elenco de peso, Beleza Oculta peca pela falta de coerência e a simplista condição moral do filme. Ao assistir o filme pela primeira vez, não há como não se emocionar com a situação debilitada emocional de um dos protagonistas. Sim, você leu certo, o filme possui quatro protagonistas. A atuação de Smith força a barra em diversas vezes para a depressão do pai em luto, mas graças a maravilhosa trilha do filme – único acerto em cheio da produção – isso fica mais fácil de ser sentido pelo público. Quando uma atuação não consegue agir por si só, baseando-se na trilha sonora para causar o efeito desejado, podemos considerar que existe algo de muito errado nisso. Os outros três personagens participam diretamente do filme como mentores para a resolução do problema de Howard, como também vivem seus próprios núcleos no filme.

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O maior problema de Beleza Oculta é na minima preocupação em aprofundar os personagens com seus dilemas. Tudo é apresentado de forma superficial e sem muitas explicações para cada resolução. Essa falta de interesse do roteiro mostra que o filme não foi escrito para criar uma trama mais complexa, mas sim em tratar um assunto tão importante como a depressão de forma superficial e secundária no filme. O roteiro também não deixa segredos para serem revelados ao final. Todo o material que deveria ser a grande sacada do filme é descoberta facilmente pelos mais atenciosos. O filme não possui o grande momento, ao contrário, todo o filme tenta ser isso. Em seu nome original, é possível buscar maneiras de entender a suposta mensagem central “Não deixe de perceber a Beleza Colateral“, traduzido no Brasil de forma tão leviana para Beleza Oculta.

Will Smith com certeza não fez o melhor filme de sua carreira com essa obra cinematográfica, mas Beleza Oculta tem algum valor. A simplicidade do roteiro é agradável para aqueles que buscam apenas se deixar levar por sentimentos, mas é um desagrado aos que buscam coerência em roteiros compostos de tramas e condições morais do dia a dia.

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Patrick Duarte, CEO do Blog Pensamento Livre. Jornalista (MTB 0082370/SP). Adorador e escritor. Músico e Professor na Escola Bíblica Dominical (AD - Taboão). Piadista nas horas vagas. Acima de tudo, Servo do Deus!!! Patrick Duarte Silva

2 Comentários

  • Andrea Mar

    Eu concordo, o roteiro poderia ser melhor. Porém, eu acho que o elenco foi bom. Definitivamente Will Smith é uma das razões pelas quais o filme teve succeso comercial. Mais que filme de drama, Beleza Oculta é um filme de suspense, todo o tempo tem a sua atenção e você fica preso no sofá com lágrimas nos olhos. Acho que apesar dos erros na história é um dos melhores filmes de drama este ano, é criativa, tem atuações maravilhosas e uma boa trilha sonora. Pessoalmente acho que foi um filme muito comovente.

  • Ana maria

    O filme trata da morte e o que está causa no Ser Humano,quando se perde alguém tão afetivo quanto um filho ou filha. Somente quando se mãe e pai se entende integralmente e a integridade do filme.. Isto não é ficção é um filme de cunho terapêutico e quem o fez sabia disto.

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