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Crítica: Homem de Ferro 3

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Por: Patrick Duarte

“Tudo mudou depois de Nova York”

O que torna um ser humano super? Dinheiro? Poder? Ou algo para acreditar e lutar. Há cinco anos atrás começou uma revolução nas adaptações de quadrinhos para as telas do cinema. Em 2008 estreou o primeiro filme do Homem de Ferro, que seria também o inicio da chamada Fase 1 Os vingadores. No primeiro filme nos é apresentado um playboy – filho de Howard Stark e herdeiro das Indústrias Stark – que leva uma vida de festas e diversão, sem preocupação com nada. Após um ataque ao seu comboio no deserto, Tony Stark (Robert Downey Jr.) é submetido a uma cirurgia – quase um açougue – para evitar que estilhaços de uma boba perfurassem o seu coração. Mesmo ainda se recuperando é obrigado a desenvolver uma arma para os terroristas. Esse momento de desespero faz com que ele crie sua primeira armadura, MARK I. Após eventos e de volta a sua vida “normal”, vemos a transformação do gênio Tony Stark no herói Homem de Ferro.

O sucesso do primeiro filme fez com que a Marvel agilizasse o processo de uma sequência e em 2010 estreia o Homem de Ferro 2. Nessa trama o mundo todo sabe da identidade do Homem de Ferro, e o governo dos EUA quer obrigar Tony a “dar” a tecnologia da armadura para que eles criem suas próprias, Tony nega, mas não quer dizer que eles não a consigam. Um novo vilão aparece para ter sua vingança, seu nome é Ivan Vanko/Chicote Negro, que usa uma tecnologia semelhante ao Reator ARC para criar uma arma tão forte como à armadura do Homem de Ferro. Nesse segundo filme também temos a aparição da armadura Máquina de Combate e maior participação da S.H.I.E.L.D.

Homem-de-Ferro-3 2

Homem de Ferro 3 se passa após os acontecimentos de Os Vingadores e mostra como Tony Stark está reagindo a tudo isso. Ele que imagina um mundo de tecnologia teve que lhe dar com alienígenas, deuses, é um universo fora de sua compreensão, ou apenas o chamado “buraco de minhoca”. Desde esses eventos Tony não consegue dormir e vive preso a pesadelos e a um ataque de ansiedade, que o leva a construir compulsivamente armaduras, que mais tarde se revela ser um meio que ele tem de manter seguro o que ele não pode viver sem. Em meio a tudo isso começa, abertamente, ataques terroristas por um novo vilão que se intitula Mandarim (Ben Kingsley). Em um desses ataques, o segurança e amigo de Tony, Happy Hogan (Jon Favreau – Diretor do HdF e HdF2) acaba em coma, trazendo a tona a fúria de Stark e um desafio em rede aberta de televisão ao Mandarim. Sem ser surpresa para ninguém, a casa e Tony é alvejada e totalmente destruída. Começa então a jornada do gênio de armadura para contra atacar seu agressor.

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A direção – e roteiro – do terceiro filme ficou por conta do Shane Black que trouxe uma nova dinâmica e visão ao filme. Se você pensa em ver muita ação com a MARK XLII mude seu conceito, na tela você verá muito mais Tony Stark. Essa condição trouxe ao filme uma visão mais humana de Stark, seus medos, convicções e como ele lida com os problemas. Em grande parte do filme ele se vira sozinho, sem ajuda da armadura, mas em uma cena – sensacional – ele terá que “se virar” só com o apoio de um braço e uma perna da armadura.

Homem-de-Ferro-3-Mandarin

A visão política do filme e a reescritura do vilão Mandarim ficaram ótimas para a narrativa que o filme trazia –não espere ver o mandarim dos quadrinhos – e junto ao arco “Extremis” que foi utilizado bem ao fundo, tornou o clima do filme diferente dos anteriores. Ataques terroristas, escândalos políticos, traição são uns dos temas.

O filme é muito bem escrito, segue uma linha de ideias bem interessante, diferente do que o trailer aparentava, ele não tem um tom “dark”, ao contrario, ele tem muito mais piadas do que todos os outros filmes, que acabou tornou o filme muito engraçado, mas desnecessário. É uma das características do personagem, mas, nesse terceiro filme, ficou muito exagerado. As cenas de ação são incríveis, tudo graças à tecnologia de efeitos visuais temos inúmeras armaduras, todas controladas remotamente por Tony e JARVIS. É uma dupla implacável. É meio que deslumbrante ver tantas armaduras reunidas, e ver Tony vestindo várias delas é no mínimo empolgante. Todo o processo de filmagem teve um cuidado especial para dar, a cada parte do filme, seu tom específico e a fotografia do filme ficou impecável, cada quadro foi maravilhosamente filmado. Apesar de tantas qualidades o filme pecou na falta seriedade, como já disse, muitas piadas desnecessárias, além de um final um tanto inesperado para quem conhece a historia de Tony Stark. Ainda assim, vale o ingresso.

Homem-de-Ferro-3 MARK 42

Não se apresse em sair da sala ao final do filme. Após os créditos – já é um padrão Marvel – temos uma cena e uma promessa: Tony Stark voltará!

BALÃO_OTIMO

Patrick Duarte, CEO do Blog Pensamento Livre. Jornalista (MTB 0082370/SP). Adorador e escritor. Músico e Professor na Escola Bíblica Dominical (AD - Taboão). Piadista nas horas vagas. Acima de tudo, Servo do Deus!!! Patrick Duarte Silva

Um comentário

  • Sara Caldeira

    Este diretor é uma buena eleição para dirigir Iron Man. Revisei a trajetória de Shane Black e me impressiona que os seus trabalhos tenham tanto êxito, um dos meus preferidos é The Nice Guys filme por que faz com que o espectador se sente a ver o filme. Este filme é um dos melhores do gênero de drama que estreou o ano passado.

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