Crítica: Velozes e Furiosos 7 – O melhor da franquia até agora
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Por: Patrick Duarte
Desde sua estreia em 2001, a franquia Velozes e Furiosos evoluiu, deixando de lado os carros velozes e suas adaptações (tunning), para se tornar um filme de ação desenfreada. A primeira parte da franquia, finalizado em Velozes e Furiosos 3 : Desafio em Tóquio, ainda focava na ação sobre quatro rodas, mas a partir do quarto filme, o longa começa a ganhar um novo rumo, abrindo espaço para mais sequências e possibilidades.
Nesse ultimo final de semana, estreou no Brasil Velozes e Furiosos 7 que fecha a cronologia entre os filmes mais antigos da franquia, começando ao final do Velozes e Furiosos 6, voltando ao final de Velozes 3 e depois segue em frente com o novo capítulo. Na trama, Dominic Toretto (Vin Diesel) precisa lidar com Deckard Shaw (Jason Statham), que aparece simplesmente para se vingar dos acontecimentos do filme anterior. Um verdadeiro jogo de caça e caçador. Reunindo mais uma vez a “familia”, composta nessa filme por Brian O’Conner (Paul Walker), Letty Ortiz (Michelle Rodriguez), Roman Pearce (Tyrese Gibson) e Tej Parker (Chris Bridges) para encontrar e eliminar a ameaça de Shaw.
A cada filme, as ações dos personagens ficam mais insanas e praticamente impossíveis, mas é por isso que vemos filmes não é?! A ação do filme é frenética e utiliza maravilhosamente bem os cenários propostos, que vai desde montanhas, desertos, pelo ar e até na cidade. Os efeitos visuais são bons e bem utilizados, mas talvez tenha faltado um processo de refinação para ficar perfeito. A estrutura do filme é muito bem feita e apesar do imprevisto com a morte de Paul – o filme precisou ter seu roteiro reescrito em grande parte – conseguiu manter o universo que estamos acostumados, mas com um peso dramático muito maior do que qualquer outro filme da franquia. Além da ação com perseguições e corridas, Velozes e Furiosos tem apostado, e muito, nas cenas de combate físico. Isso inclui ótimas coreografias de luta até pontas de lutadoras do UFC. Pra quem gosta de ação, o filme é um prato cheio.
Algo que já representa a franquia desde o primeiro filme, é a “família”. Em Velozes 7, o discurso da importância da família é amplamente utilizado e motivo de toda a destruição causada, algo que considero adicionado ao roteiro pós morte de Paul. Como eu disse, é o filme com o maior peso dramático da franquia. Apesar do roteiro não ser o melhor de todos, e com frases prontas, não há como não se emocionar com a cena final do filme. Fica evidente a bela homenagem feita a Paul, e a despedida da equipe para o parceiro. Com o discurso de Toretto, cenas de filmes anteriores e uma ultima corrida pela estrada, o adeus a Paul Walker é belíssimo.
De carro a armas, de nitro a socos, Velozes e Furiosos 7 consegue ser o maior em todos os quesitos. Do exagero ao impossível, ele se tornou o melhor filme da franquia. Até agora!